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13 de março de 2020

Moda: liberdade de expressão ou mais do mesmo?

Saias minúsculas, vestidos colados, tops mínimos, unhas quilométricas, cílios postiços… Tendências que há meses enchem as ruas e os feeds de redes sociais de jovens que buscam se encaixar na sociedade com um único intuito: a moda realmente empodera ou só gera mais do mesmo?

 Esse debate se arrasta desde que as mulheres foram se mostrando mais úteis do que cuidar de uma casa e filhos, como ter direito ao voto em eleições, trabalhar fora, concorrer com homens nos cargos, tirar carteira de habilitação e por aí vai. Diante de uma ampla corrente de feministas que viveram a agitação do movimento durante as últimas décadas e que pensam que a moda sexy cria mais do mesmo, um grupo menor, mas crescente, defende que a mulher têm o poder exclusivo de sexualizar sua pele, se assim o desejar, e que isso a empodera.

A busca crescente de expressão através do corpo feminino se generalizou a partir dos anos sessenta com movimentos pequenos, mas que iniciaram uma ruptura com os papéis sociais e a moralidade dos relacionamentos acabou sendo uma transição de donas de casa a super modelos magras e sempre lindas brilhando na publicidade.

 O capitalismo tem uma grande capacidade de usar a liberdade individual como meio de exaltação da feminilidade para divulgar o comercio da beleza te dizendo constantemente tudo o que você precisa ser e fazer para se encaixar no padrão da sociedade.

 A moda, é um dos canais através dos quais a sociedade, que até meados do século XX disse às mulheres para se cobrirem bem, agora pede o contrário. Seu corpo é seu melhor recurso e não deve ser usado como objeto de exploração pois o feminismo é usar a cabeça para pensar em como você que se apresentar, qual a sua identidade visual, afinal você tem liberdade para expressar o que quiser.

 

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